domingo, 27 de julho de 2008

O INÍCIO DA SAGA. QUE VENHA O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO.


 Completaremos 7 anos de namoro em breve. Há um ano passamos a viver juntos em uma graciosa casa de vila no Humaitá, no Rio de Janeiro (assim que eu aprender a postar fotos, apresento vocês a nossa atual morada). Decidimos comprar nosso primeiro ap. Michelly tinha uma grana guardada e eu, um tanto menos. Nada que permitisse que comprássemos à vista uma casa no Rio. A especulação imobiliária fez disso um sonho impossível para a maior parte das pessoas. Fomos, então, bater nas portas de bancos para entender melhor como era essa história de financiamento. 

 Tabela SAC, PRICE, taxa efetiva, nominal, ITBI, alvará. É novidade demais para um só casal. E o pior: os próprios bancos não tem propriedade em explicar o que tinham a nos ofertar. Fomos ao SANTANDER, CAIXA, BRADESCO, ITAÚ e REAL. Depois de muitas idas e vindas, simulações sem fim na internet (sim, há simuladores bem bacanas para calcular os empréstimos) ficamos com o último - o Real. Por um acordo que mantém com a empresa para qual trabalho, nos assegurou melhor taxa - 10% ao ano, por 25 anos. Êita. É tempo pácas, né? Mas foi a forma que encontramos de conseguir construir o sonho (mesmo que muitos digam, "miopia da classe média") de ter nosso canto. Uma casa nossa. Do jeitinho que queremos. 

  Decidido o banco, tínhamos que nos candidatar ao empréstimo. Sentei com meu Gerente para enteder se Michelly e eu poderíamos pegar o valor que precisávamos. O empréstimo representava 80% do valor do imóvel. Tivemos que reunir nossos comprovantes de rendimentos, identidade, cpf, comprovante de residência e mais um punhado de documentos de submetê-los ao Real. Teríamos de aguardar uns 10 dias úteis pelo veredicto. O tempo passou e, para nossa (e do Banco, naturalmente) alegria, o crédito foi aprovado.

  Novato que sou nessa história de narrativa digital, esqueci de falar que bem antes do processo de busca de financiamento, nós estamos varrendo vorazmente classificados e o funcional portal ZAP, em busca de um ap com nosso perfil. Caramba; como é difícil. Estávamos buscando um espaço de 2 quartos, com uns 95m2, no Jardim Botânico, em prédio antiguinho. Daqueles sem elevador, infra e, por conseguinte, com condomínio baixo. Durante meses e meses procuramos. Procuramos e procuramos. Só o processo de busca já valeria para inaugurar um blog. Como tem m_ _ _ _ anunciada. E m _ _ _ _ cara pácas. Quando estávamos quase desistindo, encontramos um ap do jeitão que estávamos buscando. Bacana, charmoso, reformado, mas muito além do que poderímos bancar.  Quarto andar de um prédio sem escadas, mas bem bacana. Com uma cozinha que não cabia a geladeira, mas bacana. Vista para parede, mas bacana. Sem dependência de empregada (e quando vierem os filhos?), mas bacana. Sem garagem, mas bacana. Sem, bom, mas, ao menos, está reformado. É verdade; o mercado está tão ruim, que nos deixamos seduzir por um ap maquiado. Acabamos vendo tanta coisa ruim, que ficamos cegos quando vimos uma coisa melhorzinha. Por sorte e pela interferência da maturidade (minha Mãe e Marquito - nosso amigo Arquiteto que vocês conhecerão bastante bem), não rolou. Não fossem os dois, teríamos, pressionados pela escória de uma má escola de corretores, fechado negócio. É, há corretores que são o excremento do mundo. Sentem que estão com crianças na mão (é assim que ficamos muitas vezes em um negócio dessa natureza).
Bom, mas por sorte conhecemos um corretor bacana. Apresentou-nos ao ap que poderia ser o ap ideal para nós. 

  Contarei sobre o ap no próximo post. Até.

 

Um comentário:

dani disse...

lendo isso lembrei da minha saga tb. o primeiro foi na planta num bairro novo, e haja a ver apto decorado! esse segundo foi no estilão de vcs... um antigão p ser reformado! várias vezes no meio da procura dava vontade de sentar na calçada e chorar...